quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Poesia II

Só o que fica é poesia.
Fica o que não pode e o que podia.
Nasce de novo o dia...
Isto sim é poesia.
Na carne esfriam os mais audazes desejos
e fica a palavra que cria a morte
que sobre deste dia
de todos os dias.
Ninguém nasce do Sol
E as asas do homem
o astro queima sem piedade
sem memória da idade
do crepúsculo dos deuses.

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